Hérnia de disco extrusa: Saiba como tratar dessa condição séria da coluna vertebral
“Na maioria dos casos, tratamos com cirurgia endoscópica”, consideram Edward Robert e Renato Bastos, especialistas no procedimento.
Extrusão de hérnia ou extrusão discal
Ocorre quando o núcleo gelatinoso de um disco intervertebral se rompe e vaza para fora, projetando-se além do limite da sua estrutura e potencialmente comprimindo nervos próximos.
A doença é comumente associada ao envelhecimento, mas, também, pode ocorrer em pessoas mais jovens em decorrência de sobrecarga da coluna ou doenças degenerativas.
“É um estágio avançado de degeneração dos discos invertebrais que pode causar dor intensa, irradiação da dor para os membros, formigamento e fraqueza muscular, dependendo de qual nervo é afetado” explicam os médicos Edward Robert e Renato Bastos.
Sintomas sentidos ao longo de três meses, pela paciente, 60, atendida no ambulatório da Orto Center e juntos com dormências irradiadas pelo membro inferior esquerdo, acompanhando a face posterior da coxa e perna até a planta do pé.
“A paciente, apresentava ainda, claudicação neurogênica, com dificuldade de marcha, diminuição de força, episódios de falseio do joelho e câimbras frequentes, sobretudo noturnas”, acrescentam os doutores.
Exames complementares
Após tentativas com tratamento conservador, sem sucesso, entre elas fisioterapia, medicamentos, exercícios e ajustes de estilo de vida como dieta e ergonomia, os médicos solicitaram a paciente que realizasse exames de imagem.
“A Ressonância Magnética, demonstrou duas hérnias discais volumosas, nos níveis das raízes L4-L5 e L5-S1, sendo esta última, de maior volume, com componente posterior e predomínio no recesso lateral esquerdo”, descrevem.
Diante do resultado, os especialistas em cirurgia endoscópica, optaram pelo tratamento cirúrgico, com abordagem no nível das raízes L5 e S1 e, não, pela intervenção em L4 e L5 e, justificam os motivos:
“Primeiro, a hérnia de L4-L5, embora volumosa, não apresentava sintomatologia clínica correlata, o que desaconselha sua manipulação, devido ao risco de gerar sintomas pós-operatórios. Segundo a abordagem em múltiplos níveis, aumentaria o tempo cirúrgico e, consequentemente, o risco anestésico e cirúrgico global da paciente”.
Vale ressaltar, que, futuramente, existe a possibilidade de a hérnia em L4-L5, tornar-se sintomática, com manifestações distintas, tipicamente, na face anterior da coxa, pela provável compressão da raiz emergente de L4 e/ou descendente de L5.
Cirurgia endoscópica para extrusão de hérnia discal em 05.11.2025 às 6h
Técnica Cirúrgica
O acesso interlaminar com ótica de estenose a opção preferida pelos cirurgiões. Ela permite a utilização de instrumentos maiores e eventual drilagem óssea - processo de perfurar e desgastar o osso -, para ampliar o campo operatório e reduzir o tempo de exposição da raiz.
Além de descomprimir os nervos de forma minimamente invasiva, resultando em recuperação mais rápida da paciente e menos dor.
“Procedemos à drilagem lateral da lâmina, em direção ao pedículo esquerdo. Após a remoção do ligamento amarelo, observamos a raiz espinhal lateralizada, deslocada posteriormente e, lateralmente, por volumosa hérnia extrusa intracanalar, ou seja, ruptura do anel fibroso”, acrescentam.
Prosseguindo, encontraram a raiz alargada, hiperemiada (avermelhada) e edemaciada (inchada), evidenciando importante compressão crônica, entre o ligamento amarelo/processo articular e a hérnia extrusa.
“Ao optarmos pela remoção ampliada da lâmina e parte do processo articular, obtivemos espaço para luxação medial da raiz, que permitiu completa exposição e retirada do fragmento herniário”, finalizam com êxito o ato cirúrgico.
Pós-operatório
Após cerca de 1h30 de procedimento, os cirurgiões verificaram a liberação total da raiz descendente de L5.
Antes do encerramento, realizaram a hemostasia rigorosa - processo fisiológico que interrompe sangramento - e revisaram o campo cirúrgico.
“Informamos à paciente e familiares sobre a possibilidade de disestesia transitória - queimação na pele, formigamento ou alfinetadas e dor sem um estímulo aparente - no pós-operatório imediato, decorrente da descompressão abrupta da raiz, quadro geralmente autolimitado, com resolução entre 10 e 15 dias”.
Equipe cirúrgica: Edward Robert Orr e Renato Bastos (cirurgiões ortopédicos), Bruno Rangel (anestesiologista) e Erica Torres (instrumentadora).
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Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação da Orto Center

