Estenose grave do canal vertebral: um desafio cirúrgico. Ficou curioso?
“Nossa equipe foi chamada para enfrentar um daqueles casos que marcam a memória de qualquer cirurgião”, declaram Edward Robert e Renato Bastos, ortopedistas e traumatologistas.
A paciente idosa, 79, há anos lutava contra uma dor persistente, que, não apenas limitava sua vida diária, mas, tomava conta da sua liberdade em caminhar e, até mesmo, de usufruir pequenos prazeres cotidianos.
“Todas as tentativas conservadoras foram testadas: Fisioterapia, medicamentos, bloqueios... e nada trouxe alívio duradouro a paciente”, lamentam os médicos.
Diagnóstico
Claro e implacável: estenose grave do canal vertebral, agravada por artropatia degenerativa avançada, mais conhecida como osteoartrose ou artrose, desgaste progressivo e severo da cartilagem das articulações e uma escoliose lombar bastante acentuada.
“As raízes nervosas de L3, L4, L5 e S1 estavam todas comprometidas, mas era o canal central, no nível de L3-L4, o grande vilão da história”, complementam Edward Robert e Renato Bastos os cirurgiões ortopédicos.
Dilema enfrentado pela equipe cirúrgica
Em casos como este, a pergunta sempre surge: até onde ir?
“Seria melhor optar por uma cirurgia ampla e radical, ou buscar uma abordagem minimamente invasiva que desse à paciente o alívio que ela tanto precisava, sem comprometer sua fragilidade pela idade?”.
Depois de analisarem e estudarem, cuidadosamente, cada imagem da Ressonância Magnética - em AP, perfil e cortes axiais – os médicos decidiram que a cirurgia endoscópica por via interlaminar seria o caminho mais seguro e citam o objetivo:
“Liberar as raízes nervosas aprisionadas pelo estreitamento e devolver espaço à cauda equina um conjunto de raízes nervosas que parecem um rabo de cavalo, localizado na parte inferior da coluna lombar”.
Cirurgia endoscópica em 10.09.2025
Um verdadeiro campo de batalha. Durante quase quatro horas, a equipe navegou por uma anatomia profundamente modificada pela escoliose e pela degeneração.
Segundo os doutores Edward Robert e Bastos “a cada passo, era como decifrar um mapa antigo, com referências distorcidas pelo tempo”.
No decorrer do procedimento, identificaram o famoso V-point - ponto de encontro das lâminas de L3 e L4 -, que os guiou como uma bússola, em meio à anatomia alterada.
“A partir daí, avançamos lentamente, removendo parte do arco posterior de L3 e parte da lâmina de L4”.
Prosseguindo, o ligamento amarelo, espesso não por si mesmo, mas, pela aproximação forçada entre as vértebras, escondia a dura-máter - membrana mais externa, espessa e resistente das meninges - como um véu pesado.
“Com paciência e precisão, fomos retirando o ligamento amarelo, revelando a estrutura nervosa que precisava de liberdade”.
Vitória comemorada
De forma meticulosa, abriram caminho da esquerda para a direita, de cima para baixo, e liberaram cada raiz nervosa, descomprimindo tanto o canal central quanto os recessos laterais.
“Por fim, a imagem era clara e reconfortante: a dura-máter respirou aliviada, sem a pressão que a aprisionava”.
Reflexão Final
Não foi apenas mais uma cirurgia. Foi um verdadeiro desafio técnico e humano, onde a experiência, a tecnologia e a determinação da equipe se encontraram para devolver qualidade de vida a uma paciente que já havia perdido a esperança.
Agora, essa equipe cirúrgica guerreira segue para o próximo capítulo desta história: a recuperação funcional, que esperam ver florescer nas próximas semanas.
“Cada caso como este reforça nossa missão: cuidar das pessoas, aliviar a dor e devolver movimento”, festejam.
Participaram do procedimento endoscópico Edward Robert Orr e Renato Bastos (cirurgiões ortopédicos), Bruno Rangel (anestesiologista) e Erica Torres (instrumentadora cirúrgica).
Parabenizamos os cirurgiões da Orto Center pelo sucesso. A dedicação e habilidade de vocês são fundamentais para os resultados positivos dos procedimentos cirúrgicos.
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Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação da Orto Center