A descompressão das raízes nervosas da coluna lombar leva a melhora da incontinência urinária?
  • 09/05/2025

A descompressão das raízes nervosas da coluna lombar leva a melhora da incontinência urinária?

“Sem dúvida, especialmente quando associada à estenose lombar severa e quando há envolvimento das raízes S2, S3 e S4” afirmam Edward Robert e Renato Bastos cirurgiões ortopédicos.

“Mas o prognóstico dependerá do tempo e gravidade da compressão” complementam.

Histórico da paciente

Atendida no ambulatório da Orto Centeridosa77, obesa e com algumas comorbidades, há algum tempo sofria de incontinência urinária, devido a uma estenose do canal lombar, região central, bastante avançada e significativa, a nível da raiz L4, comprometendo cerca de 75 por cento do seu espaço real.

Tratamento

Após anamnese criteriosa, exames complementares, Eletroneuromiografia (ENMG) exame que avalia a função dos nervos periféricos e dos músculos, Raios X, Ressonância Magnética, Tomografia em 3D, os doutores Edward Robert e Renato Bastos, decidiram pelo tratamento cirúrgico.

“Decisão difícil, mas acertada, uma vez que, a nossa paciente, apresentou estenose bastante avançada e de longa data, sem nenhum resultado aos tratamentos conservadores, pelo contrário, os sintomas pioraram ao longo dos anos”, ressaltam os cirurgiões.

Discussão do caso

Os especialistas em cirurgia de coluna chegaram à conclusão de que a melhor opção seria realizarem uma laminectomia ampla ao nível da raiz nervosa de L4, explorando ambos os recessos laterais.

“O objetivo da laminectomia é descomprimir completamente o canal radicular da raiz descendente de L5, para aliviar a pressão sobre a medula espinhal e os nervos, bem como, liberar ao máximo as regiões laterais da dura-máter (camada mais externa das meninges e as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal) com o intuito de ampliar o diâmetro transverso do canal lombar, explicam.

Procedimento cirúrgico em 24.04.2025

Os doutores, cientes de que não seria uma intervenção rápida e exigiria cuidados para evitar lesões à dura-máter, que nesses casos costuma estar extremamente tênue e fina, aumentando o risco de complicações, justificam:

Considerando que a paciente apresentava maior sintomatologia no membro inferior direito, correspondente às raízes de L4, L5 e S1, optamos por iniciar a abordagem por esse lado”.

Outro aspecto importante, mencionado por eles, é o espessamento do ligamento amarelo que, sem dúvida, contribui significativamente para o estreitamento do canal lombar e, consequentemente, para a intensificação dos sintomas clínicos.

Conclusão do procedimento

Após cerca de três horas e meia, Edward Robert e Renato Bastos, chegaram ao fim do ato cirúrgico com a liberação completa de todo o arco posterior, além das regiões laterais dos recessos direito e esquerdo.

Ainda na mesma intervenção, conseguiram avançar com a retirada do ligamento amarelo, estendendo-se cranialmente até a vértebra de L3 e caudalmente, até L5.

5º dia: comentário pós-operatório

A paciente, de volta ao ambulatório da Orto Center, queixou-se de parestesia caracterizada por sensações estranhas na pele, como formigamento, coceira, dormência, picadas, queimação ou coceira. 

“Provavelmente decorrente da recente descompressão do canal lombar, quadro que deve regredir nos próximos dias”, ressaltam os médicos.

Devidamente medicada, a paciente relatou alguma melhora em relação à incontinência urinária. Diante disso, foi encaminhada para Fisioterapia na região pélvica, com o objetivo de melhorar o controle voluntário da micção.

“Aguardaremos os próximos 90 dias para avaliar a evolução e verificar se haverá regressão definitiva do quadro de incontinência urinária, concluem.

Participaram do procedimentoEdward Robert Orr e Renato Bastos (cirurgiões ortopédicos) Rodrigo Amaral e Felipe Nazário (anestesiologistas) e Marisa Brandão (instrumentadora cirúrgica).                 )

Caso sinta incômodos frequentes na coluna lombar, vale uma consulta com nossos médicos especialistas, uma vez que o diagnóstico precoce facilita o tratamento e a recuperação do paciente.

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Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação da Orto Center