A estenose lombar pode ser tratada com cirurgia endoscópica?
“O estreitamento do canal da medula vertebral que causa compressão das raízes nervosas pode, sim, ser tratado com o procedimento”, garantem Edward Robert e Renato Bastos, cirurgiões ortopédicos especialistas em coluna.
Estenose lombar
Na maioria dos casos ocorre por um processo natural de envelhecimento da coluna. A doença leva ao deslocamento dos discos intervertebrais, hipertrofia das articulações e dos ligamentos e dor nos membros inferiores ao andar ou suportar peso.
Caso desafiador
Atendida pelos doutores - Edward Robert e Renato Bastos - no ambulatório da Orto Center, paciente, 68, com anos de tratamento conservador e diversas infiltrações, sem resultado satisfatório, sentia dor forte na coluna lombar irradiada para os membros inferiores.
“Na estenose lombar esses sintomas para as raízes de L5 e S1, à esquerda, geralmente acontecem, ao contrário, da hérnia discal, que pode surgir de forma aguda”, destacam.
Diagnóstico
Os exames de Raios X e de Ressonância Magnética da paciente, permitiram aos médicos especialistas emitirem o diagnóstico definitivo:
“Verificamos uma acentuada estenose do canal lombar, à esquerda, com hipertrofia do processo articular, o que compromete de maneira bastante evidente, as raízes de L4 e L5, além do recesso lateral que envolvia, mas, de maneira direta, a raiz de S1 do mesmo lado dentro do saco dural que é a estrutura anatômica que circunda a medula espinhal e as raízes nervosas no canal vertebral” explicam os cirurgiões.
Segundo eles, “o diferencial nesse caso é a grande espessura da lâmina vertebral e do processo articular”.
Cirurgia endoscópica em 06 de setembro
Como planejamento cirúrgico, Edward Robert e Bastos, optaram por utilizar a via endoscópica com uma configuração completamente diferente daquelas que utilizam convencionalmente:
“Após cerca de duas horas e meia de cirurgia conseguimos com sucesso a liberação de todas as raízes de L4 e L5 e de todo saco dural no canal central da coluna lombar”, comemoram.
Pós-operatório
No dia seguinte, a paciente recebeu alta hospitalar e pode regressar ao seu domicílio. A recuperação geralmente demora cerca de 15 a 20 dias e a partir daí pode retomar a sua vida normal sem fazer esforços físicos.
Participaram do procedimento endoscópico: Edward Robert Orr e Renato Bastos (cirurgiões ortopédicos), Bruno Rangel (anestesiologista) e Erica Torres (instrumentadora cirúrgica).